Alterações da Tireoide

A tireoide é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo celular.

Essa glândula pode apresentar problemas que podem ser divididos em dois grandes grupos: as doenças nodulares e as doenças relacionadas a alterações da função da glândula – o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.

Doenças Nodulares de Tireoide

O diagnóstico de nódulos na tireoide é frequente e têm aumentado devido a disponibilidade de métodos de imagem sensíveis como USG.

Embora o câncer de tireoide seja relativamente raro, sua indecência também tem aumentado, especialmente de pequenos tumores.

Um nódulo de tireoide é uma massa de tecido tireoidiano que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide.

As chances de desenvolver nódulos aumenta à medida que envelhecemos e embora os sintomas não sejam comuns,  nódulos volumosos podem causar rouquidão, dor, dificuldade de engolir ou respirar.

Ao diagnóstico de um nódulo na tireoide o paciente deve procurar um endocrinologista para avaliar qual será a conduta.

Os níveis séricos de TSH devem ser sempre avaliados, principalmente para eliminar a possibilidade de nódulos hiperfuncionantes.

O ultrassom da região cervical  deve ser realizado em todos os pacientes com diagnóstico de nódulos na tireóide, e nele serão avaliadas as características do nódulo, bem como a presença de linfonodos suspeitos no pescoço e, eventualmente, a compressão ou invasão das estruturas adjacentes da tireoide.

De acordo com a classificação ultrassonográfica do nódulo, pode ser necessária a realização da  PAAF (punção aspirativa por agulha fina) guiada por ultrassonografia, sendo o melhor método disponível para distinguir entre lesões benignas e malignas. Além disso, a PAAF é um procedimento ambulatorial fácil e de baixo custo, que deve ser feito por um médico experiente.

Então, no caso de suspeita ou detecção de um nódulo na tireoide procure seu endocrinologista!

Ele é o profissional mais capacitado para te orientar e te auxiliar neste momento.

Doenças funcionais da tireoide

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo ocorre quando há uma queda na produção dos hormônios da tireoide.

Devido à falta de especificidade das manifestações clínicas típicas, o diagnóstico de hipotireoidismo baseia-se principalmente em exames laboratoriais.

O Hipotireoidismo primário, principal apresentação do hipotireoidismo é caracterizado por uma concentração sérica elevada de TSH e uma concentração sérica baixa de T4 livre. Pacientes com concentração sérica elevada de TSH e concentração sérica normal de T4 livre podem apresentar hipotireoidismo subclínico.

As manifestações clínicas do hipotireoidismo são altamente variáveis, dependendo da idade de início e da duração e gravidade da deficiência de hormônio tireoidiano. Os sintomas comuns de deficiência de hormônio tireoidiano incluem fadiga, intolerância ao frio, ganho de peso, constipação intestinal, pele seca, mialgia e irregularidades menstruais.

A maioria dos pacientes com hipotireoidismo subclínico é assintomática, embora alguns possam apresentar sintomas inespecíficos de fadiga e constipação.

Os achados do exame físico podem incluir bócio (particularmente em pacientes com deficiência de iodo ou tireoidite autoimune crônica com bócio, bradicardia, edema. Na maioria dos pacientes com tireoidite autoimune crônica, os anticorpos anti-TPO estão elevados. Uma variedade de anormalidades metabólicas pode estar presente, incluindo hipercolesterolemia, anemia macrocítica, creatina quinase elevada e hiponatremia.

Na maioria dos pacientes, o hipotireoidismo é uma condição permanente que requer tratamento por toda a vida. A terapia consiste na reposição de hormônio tireoidiano, a menos que o hipotireoidismo seja transitório (como após tireoidite indolor ou tireoidite subaguda) ou reversível (devido a um medicamento que pode ser descontinuado).

O objetivo da terapia é a restauração do estado eutireoidiano, que pode ser facilmente alcançado em quase todos os pacientes pela administração oral de tiroxina sintética (T4, levotiroxina). O tratamento adequado deve reverter todas as manifestações clínicas do hipotireoidismo.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é uma alteração da função da glândula tireoide. Nesses casos, há um aumento da produção dos hormônios T3 e T4.

Os sintomas clássicos do hipertireoidismo incluem intolerância ao calor, tremores, palpitações, ansiedade, perda de peso apesar do apetite normal ou aumentado, aumento da frequência de evacuações e falta de ar.

As causas do hipertireoidismo variam bastante. No entanto, o principal motivo para seu surgimento é a Doença de Graves, ou seja, um distúrbio autoimune no qual o sistema imunológico produz anticorpos que estimulam a glândula tireoide em excesso.  Por conta disso, há aumento da produção dos hormônios tireoidianos.

Outras causas possíveis são: nódulos tireoidianos ou tumores: produzem e liberam hormônios tireoidianos em excesso, tireoidites: quando há uma inflamação da glândula tireoide, há um aumento da liberação de hormônios tireoidianos pré-formados. Efeitos colaterais de medicamentos: alguns fármacos podem afetar o funcionamento da tireoide e causar o hipertireoidismo.

O tratamento do hipertireoidismo varia de acordo com a causa e a gravidade dos sintomas. Em geral, indicam-se medicamentos que visam reduzir a produção em excesso de hormônios tireoidianos. Durante o tratamento medicamentoso, o paciente deve ser monitorado constantemente.

Em alguns casos, como na Doença de Graves, o tratamento com radioiodo pode ser recomendado.

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