A gestação é um momento de intensas transformações no organismo feminino, podendo levar a inúmeras alterações nos sistemas que compõem o corpo da mulher,  inclusive o sistema endócrino. Neste período, o sistema endócrino sofre adaptações que muitas vezes geram algumas patologias.

Durante a gravidez, a glândula tireoide tem sua fisiologia e função modificadas pela ação do estrogênio e  do hormônio gonadotrofina coriônica (HCG). Neste contexto há uma multiplicação celular do seu tecido e aumento de irrigação sanguínea o que leva ao crescimento dessa glândula e maior secreção dos hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), necessários para a mãe e o feto. Quando a tireoide não se adapta a essas transformações,  seu funcionamento fica comprometido, podendo ocorrer a escassez ou excesso de hormônios por ela secretados.

Além das patologias ligadas à tireoide, outra desordem do sistema endócrino é a Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Ela pode ser definida como a intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, podendo persistir ou não no pós parto e, acontece quando o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para o bom funcionamento do organismo. Quando esse hormônio não age corretamente, há um aumento de glicose no sangue, que é provocado pelos estímulos gerados durante a gravidez e por outros fatores genéticos ou ambientais, acarretando a doença que pode ser prejudicial para mãe e filho.

O acompanhamento com endocrinologista, em conjunto com médico obstetra no período de planejamento gestacional tem como objetivo identificar as mulheres com maior risco de apresentarem endocrinopatias na gestação, prevenir complicações na gestação, e ainda, proporcionar o desenvolvimento saudável do bebê.